Filho sem pai…

A tormenta começou a se formar no almoço.
Quarta-feira, dia de feijoada no Bolinha, todos caíram matando na dita, devidamente ante-pastada com muito torresminho crocante e caipirinha com limão amassado, não espremido. Pra acompanhar a suculenta, vários chopinhos sem colarinho e geladíssimos.
Franco, o gordo, meio que exagerou e já estava com aquele olhar de peixe-morto, típico da letargia feijão-alcoólica.

Continue lendo “Filho sem pai…”

Sacaneando um motorista sacana!

Por opção ou por necessidade, quando você se torna pedestre em tempo integral como eu, acaba encarando pela frente (e por trás, e pelos lados…) um novo mundo: o do relacionamento motoristas/motoqueiros/ciclistas X pedestres.
O neopedestre descobre rapidinho – se quiser sobreviver! – que ele é considerado pelos embarcados como um cidadão de segunda ou terceira classe. Portanto sem os mesmos direitos.

Continue lendo “Sacaneando um motorista sacana!”

O fim da privacidade.

Cena 1. Meados da década de 1990. Uma bela tarde de primavera, você e seus filhos passeiam na praça. Parada obrigatória no sorveteiro de rua, um sorvete diferente pra cada um. Você ensinou seus filhos a não jogar nada na rua. Então, eles cuidam de procurar um cesto de lixo para colocar a embalagem do sorvete… E depois também o palito.
Vindo em nossa direção, um daqueles jovens marombados, forte mesmo. Desses de impor uma distância respeitosa. Com ele um cão doberman com porte e cara de poucos amigos. Na coleira, mas sem focinheira.

Continue lendo “O fim da privacidade.”

Rogando pragas!

Passei por uma situação bastante crítica nestes últimos trinta dias, que me fez lembrar de um costume antigo, agora perdido no esquecimento dos mais velhos:  a Praga.

Acho que você deve conhecer só de ouvir falar… Afinal, nestes tempos de redes sociais, todo o mal (ou bem) que você pode desejar estão ao alcance, com um clique no ícone desejado e pronto: o “postante” vai se sentir aprovado ou rejeitado na hora!

Mas, se você tem interesse em saber como essa coisa de praga funciona, eu conto…

Continue lendo “Rogando pragas!”

A cultura do “talvez, quem sabe”…

Dias atrás, assistindo a previsão do tempo na tv, me espantei com a – aparente – desinformação do apresentador sobre o clima. Os homens e mulheres do tempo, apesar de contar atualmente com previsões feitas por computadores com capacidade de processar um absurdilhão de dados, nunca se arriscam numa previsão mais exata.
A notícia é mais ou menos assim: “hoje poderemos ter um dia com grande possibilidade de sol, com chance de chuvas no decorrer do período, ventos de leves a moderados, podendo passar a vendavais em locais isolados…” Você arriscaria sair sem guarda-chuva com uma previsão dessas? Ou mesmo, se arriscaria a sair de casa?

Continue lendo “A cultura do “talvez, quem sabe”…”

Como matar uma ideia.

Década de setenta/oitenta… Meu irmão e eu fazíamos parceria em sua empresa de licensing e merchandising.

Lá de vez em quando ele inventava uma viagem pro exterior, preferencialmente para Nova Iorque onde, segundo ele, as oportunidades “pipocavam”.
De todas as viagens ele trazia sempre uma (ou várias!) novidade.
Foi assim com a raspadinha, com algumas marcas hoje famosas por aqui (conto essas histórias em outro dia…).

Continue lendo “Como matar uma ideia.”