Bom dia.

Meados dos anos cinquenta, sessenta, interiorzão do Brasil, coisas como pedofilia, estupro e que tais não prosperavam. Fosse quem fosse o criminoso, o próprio pessoal da cidade, com o discreto apoio do delegado, dava um jeito de providenciar que o sujeito nunca mais repetisse o “feito”.
Isto posto, vamos ao causo…


Contam que em Santa Cruz do Sul, operava na paróquia da cidade um padre muito velhinho chamado Olegário. Depois de décadas na cidade, já era pra lá de conhecido.
Contam também que, apesar de inofensivo, o que esse padre tinha de velho, tinha de safado. No bom sentido, é claro, que a gente de Santa Cruz não é de falar mal da vida alheia. Longe disso…
Dentre os muitos “hábitos” inusitados do vigário, tinha um em especial que deixava as senhoras da cidade bastante contrariadas. Mas que toda mocinha achava “uma graça” e, já conhecendo o padre, não perdia a oportunidade de provocá-lo. Algumas chegavam a dar uma levantadinha na saia para provocá-lo.

A situação acontecia mais ou menos assim: toda vez que uma das moças encontrava com o velho padre, fazia questão de cumprimentá-lo, caprichando no tom de voz cheio de “más intenções”:
– Bom dia, padre Olegário!
Ao que o idoso padreco respondia invariavelmente com:
– Bundinha, minha filha! Bundinha!…
Enquanto admirava, não muito disfarçadamente, os glúteos da sua jovem paroquiana.
E assim a vida seguia na pacata Santa Cruz.
As moças provocando o velhinho:
– Bom dia, seu padre!
E o velho padre respondendo, irremediavelmente subjugado pelos dotes das jovens:
– Bundinha, bundinha!…

Certa ocasião, uma moça recém-chegada à cidadezinha, transferida de um conceituado colégio na capital, de boa família católica, depois de ser cumprimentada pelo padre dessa forma, resolveu ir mais fundo na conversa:
– Padre Olegário?
– Pois não, minha filha! – Se dispôs o pároco.
– Por que é que toda vez que a gente te dá um “bom dia” o senhor responde assim?
– Assim como, linda mocinha!
– Com “bundinha”… Toda vez o senhor responde nosso “bom dia” com “bundinha”!
Ao que o velhinho respondeu, sorrindo:
– Por “nádegas”, minha menina… Por “nádegas”…

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