E as carijós?…

Sujeito vivido, bancário, cinquenta e tantos anos, de férias no sítio de um amigo, resolveu sair para dar um passeio. Num sitiozinho daqueles perdidos na beira da estradinha, encontrou um matuto, sentado num mourão caído, jogando milho para as galinhas. Até que um bandinho bem grande, com galinhas carijós e outras daquelas de granja, bem branquinhas, algumas com suas ninhadas, outras “solteiras”. O galo, que não estava presente, não devia estar dando conta do recado. O citadino, nada pra fazer, resolveu papear um pouco com o caipira:

Continue lendo “E as carijós?…”

Não deu no Globo Rural…

Certa feita o prefeito de uma dessas cidades bem pequenas, perdidas lá no sertão, não vou dizer o nome que é pra não ofender ninguém, resolveu percorrer os sítios da região, para saber porque a produção do seu município era tão inferior àquelas que ele via no Globo Rural.
Mais próximo da cidade, o sítio do Simplício foi um dos primeiros a ser visitado. Depois de muito bater palmas e de “ó de casa…”, o Simplício apareceu na janela, cara amassada de quem acabou de acordar, esfregando uma remela no canto do olho:

Continue lendo “Não deu no Globo Rural…”

Criado a pão-de-ló!

Alguns anos atrás, nas vilas do interior, quando não havia tanta facilidade para comprar carne, era costume se criar animais pelo sistema de “ameias”. Funcionava mais ou menos assim: alguém da vila, que tinha lá um empreguinho razoável e, portando, algum dinheiro sobrando, comprava uma ninhada de qualquer coisa – leitão, pintinho, bezerro e combinava com um sitiante amigo para a criação dos bichos e posterior partilha, quando os animais chegassem no tamanho para o abate ou começassem a botar ovos ou dar leite, o que seja.

Continue lendo “Criado a pão-de-ló!”

Rogando uma praga!

Um caso especial para quem acredita em mau-olhado, azar, essas coisas… Acho melhor bater na madeira três vezes!

Este aconteceu recentemente.
Aqui em Pinheiros temos vários moradores muito particulares. Para alguns dos “normais” talvez até eu seja um deles, vai saber. Uma dessas figuras folclóricas que todo mundo do bairro conhece, ou pelo menos já viu algumas vezes é o Seu Anastácio. Como não sei seu nome (e acho que ninguém sabe), tomo a liberdade de chamá-lo assim.

Continue lendo “Rogando uma praga!”

O doce preferido de dez entre dez…

Receita que parece fácil, mas não é. Se você gosta de pudim consistente, sai furadinho – se gosta de pudim furadinho sai cremoso…
Fora isso, deve ter centenas de receitas e modos de fazer diferentes.
Vai ver que é por isso que todo mundo gosta!
Aqui vai uma das receitas:

Pudim de leite condensado

Continue lendo “O doce preferido de dez entre dez…”

Engenharia caipira.

Nos últimos tempos temos assistido o resultado das barbaridades projetadas pela engenharia tupiniquim: é viaduto, prédio e até ciclovia que desabam, pontes e estradas que levam a lugar nenhum…
Me lembrei de um causo que, pelo que ouvi, aconteceu no interior de Minas, ali na região serrana. Numa dessas épocas pré-eleitorais, o prefeito e candidato a reeleição resolveu construir uma estrada ligando sua cidade à rodovia federal.
Como sabe todo político, não há cabo eleitoral melhor que estrada – dá pra fazer e inaugurar rapidinho. Dá até pra inaugurar por trechos. Na cabeça do povo acaba virando uma porção de obras!

Continue lendo “Engenharia caipira.”